terça-feira, 23 de agosto de 2016

DIÁRIO DE CAMPANHA DE CLINEU BRAGA DE MAGALHÃES



Foi disponibilizado on line, em 22 de agosto de 2016, edição memorativa do diário de combate do voluntário constitucionalista Clineu Braga de Magalhães. Este jovem paulista integrante do "Batalhão 14 de Julho" foi um dos mais de 20 mil jovens voluntários a pegar em armas por São Paulo contra a Ditadura Vargas em 1932. O jovem estudante de Engenharia Civil da Escola Politécnica de São Paulo morreu em combate, em 17 de setembro de 1932, nas proximidades da cidade de Capão Bonito/SP. Foi encontrado no bolso de sua farda em pequeno diário que vinha por ele sendo escrito desde o início da Revolução Constitucionalista. Este manuscrito foi publicado em 1960, ano em que sua turma da Poli completava 25 anos de formatura. 

Em 2016 seu diário é relançado em edição digital memorativa ficando a disposição do público na Internet. Trata-se de uma iniciativa da Sociedade Veteranos de 32 -MMDC por meio de seus núcleos de Itapetininga, Norte e Santo Amaro.

Vale a pena a leitura do pequeno diário de campanha do jovem paulista tombado em combate nas trincheiras da lei de 1932. Verdadeira aula de civismo e patriotismo, valores tão pouco praticados nos dias de hoje.

O livro encontra-se disponível para leitura, na plataforma ISSU no seguinte endereço:

Saudações Constitucionalistas!


terça-feira, 9 de agosto de 2016

IBRAHIM NOBRE – O Tribuno da Revolução Constitucionalista de 1932




Nasceu em 19 de fevereiro de 1888 na cidade de São Paulo. Graduou-se pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco em 1909. Iniciou sua carreira pública como delegado de polícia trabalhando nas cidades de Salesópolis, Santos e posteriormente como titular da Delegacia da Ordem Política e Social de São Paulo. Em 1927 foi nomeado Promotor Público da Capital, posto que ocupava quando foi deflagrado o movimento revolucionário de 9 de julho de 1932: a Revolução Constitucionalista.

Da Epopeia de 32 participou ativamente. Dono de excelente oratória inflamava a população paulista com seus discursos em praça pública e por isso ganhou o título de Tribuno da Revolução de 1932.

Ainda em janeiro de 1932 publicou no jornal A Gazeta o texto “Minha Terra, Minha Pobre Terra” no qual discorria sobre a situação humilhante e vexatória a que São Paulo vinha sendo submetido desde a Revolução de 1930. A publicação lhe rendeu admiradores em São Paulo e inimigos no Governo Provisório.  Discursou, convocando a população à insurreição, nos grandes comícios organizados na Capital nos dias 25 de janeiro, 24 de fevereiro e 23 de maio de 1932. Nesse fatídico dia liderou um grande grupo de populares para solicitar apoio à causa paulista aos comandos do Exército, na rua Conselheiro Crispiniano, e à Força Pública, na avenida Tiradentes. Em seguida conduziu o povo ao Palácio dos Campos Elísios concitando o então Interventor Pedro de Toledo a escolher um lado: o de seus conterrâneos paulistas, pela redemocratização do país, ou o do ditador Getúlio Vargas:

“Estamos algemados e algemados dentro de uma senzala. Vossa Excelência, senhor Pedro de Toledo, está preso conosco. Vossa Excelência deve sair dela e com esses homens vir à rua reivindicar a nossa liberdade. Vossa Excelência é um homem velho, está no fim da vida e deve escolher entre um simples epitáfio ou uma estátua”
Ibrahim Nobre, 23 de maio de 1932

                               
Ibrahim Nobre em 1932
Pedro de Toledo
                                                                                                                                                                                                        
Após o nove de julho alistou-se como soldado raso em um batalhão que levava seu nome e combateu sob o comando do Coronel Pedro Dias de Campos no Setor Sul do Estado, em cidades como Ourinhos, Avaré, Xavantes, Ipaussú e Santa Cruz do Rio Pardo.

Com a derrota paulista foi preso e exilado para Portugal junto a outros líderes da Revolução Constitucionalista. Anistiado, retornou ao país em 1934.

Só retomou sua carreira no Ministério Público de São Paulo em 1938 por ato do então Interventor Federal em São Paulo Adhemar de Barros ficando, entretanto, em disponibilidade, só efetivamente reassumindo suas funções em 1947 como 7º Promotor Público da Capital. Pouco depois foi promovido a Subprocurador Geral de Justiça cargo no qual permaneceu até sua aposentadoria em 1949.

Em 1960 entrou para a Academia Paulista de Letras na cadeira de número 21, anteriormente ocupada pelo jurista Plínio Barreto.
Faleceu em 8 de abril de 1970.

Foi inicialmente sepultado no Cemitério São Paulo vestindo sua beca de Promotor, conforme desejo manifestado em vida. Em 1977, seu corpo, juntamente com as cinzas de sua esposa, foi transladado para o Mausoléu ao Soldado Constitucionalista do Ibirapuera em um comovente cortejo fúnebre.

Empresta seu nome a uma escola estadual, no bairro do Campo Grande, distrito de Santo Amaro.

Referência


segunda-feira, 1 de agosto de 2016



LANÇADA A PEDRA FUNDAMENTAL DO OBELISCO AO SOLDADO CONSTITUCIONALISTA SANTAMARENSE

No último dia 30 de julho foi lançada a pedra fundamental do monumento que homenageará os soldados santamarenses que lutaram na Revolução Constitucionalista de 1932. Em cerimônia realizada nas dependências do Museu de Santo Amaro e presidida pelo Dr. Alexandre Moreira Neto, presidente do Centro das Tradições de Santo Amaro, foi depositada ainda "cápsula do tempo" embaixo da estrutura sobre a qual se erguerá o monumento. Neste recipiente foi colocada a lista com os nomes dos 309 voluntários santamarenses bem como a ata da cerimônia. Durante o ato foi desencerrada placa em homenagem aos soldados de Santo Amaro que combateram nas trincheiras da lei em 32.

Além do presidente do CETRASA, prestigiaram o evento o  vice-presidente Dr. José Marques Bruno, a Diretora Cultural da entidade, Professora Inez Garbuio Peralta, o presidente deste Núcleo de Correspondência além de outros representantes da sociedade santamarense.

Bela manhã de sábado na Praça Edmundo Zenha em Santo Amaro



"Cápsula do tempo" e a pedra fundamental do monumento

"Cápsula do tempo" instalada sob a base do monumento




Desencerramento da placa pela Professora Inez e o Doutores José Bruno e Alexandre Moreira Neto


Placa em homenagem aos heróis santamarenses de 1932
Colocação da pedra fundamental pelo Professor Peralta