quinta-feira, 11 de maio de 2017

PAULO VIRGÍNIO, HERÓI DE CUNHA

Cartaz em homenagem a Paulo Virgínio

Em agosto de 1932, uma patrulha composta por três sargentos da Força Pública do Rio de Janeiro e um soldado Fuzileiro Naval patrulhava a zona rural da cidade paulista de Cunha no encalço das tropas constitucionalistas. Ao chegarem a um pequeno sítio, no bairro Taboão, encontraram o caboclo Paulo Virgínio que, perguntado, se recusa a dizer que direção havia tomado o contingente paulista que há pouco passara por sua propriedade. Inconformados, os militares ditatoriais passaram o torturaram para que dissesse onde estavam ou que caminho haviam tomado os paulistas. Com o intuito de arrancar-lhe a informação, Paulo Virgínio foi afogado em um pequeno córrego e teve seu corpo escaldado por água fervente. Mesmo assim encontrava forças para berrar a seus algozes: “São Paulo vence!”

Os ditatoriais, enraivecidos, então o obrigaram a cavar a própria cova. Quando terminou, mais uma vez foi questionado sobre o paradeiro dos paulistas. Em uma impressionante demonstração de heroísmo e lealdade à sua terra exclama: “Morro, mas a minha morte será vingada! São Paulo vence!” E uma rajada de metralhadora crava-lhe 18 tiros pelas costas matando-o imediatamente. Depois tem ainda o crânio esfacelado a coronhadas.

Deixou esposa e três filhos.

Monumento à memória de Paulo Virgínio localizado em Cunha/SP

Em 1955 teve seus restos mortais transladados para o Mausoléu ao Soldado Constitucionalista do Ibirapuera para ficarem juntos com os restos dos jovens Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.

São Paulo não se esquece de seus heróis!

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